
Pois é, como diz o nosso Miguel Sousa Tavares (alguém que sinceramente não gramo, mas que, tenho de admitir, escreveu um "Ecuador" que me surpreendeu francamante pela positiva e propiciou momentos de deleite, apenas bruscamente interrompidos por expressões como"só então realizei..." adaptado literalmente do r
ealize ), o nosso país é uma desgraceira e não temos mesmo nada.
Não temos o petróleo dos noruegueses, nem os prados dos ingleses, nem as azeitonas de Espanha, ou a tecnologia japonesa (e agora também da adventista China). Mas o que temos e é (ou era) rentável são os pinhais e as serras. E, meus amigos, como tratamos aquilo que nos dá algum lucro? Não limpando os pinhais e florestas, não respeitando as indicações de protecção a incêndios, deculpando ou esquecendo os idivíduos ("Coitadinhos, bebem e estão desempregados.O que é que querem?") que incendeiam desenfreadamente um país inteiro...
Estaremos perante o fim de uma das maiores riquezas do país? Ou estarei eu, num raríssimo momento de pessimismo, a vaticinar a decadência total e irreversível de uma nação que cultiva a política do "laisser faire, laisser passer" ou "depois de casa arrombada, trancas à porta"?
Só quero estar enganada... Ai isso é que quero.