Compras de Natal
Esta é a altura do ano em que todos, do mais ao menos forreta, procuram encontrar a concretização material do sentimento que nutrem por alguém. Passo a explicar:
Se a pessoa a presentear for alguém que não nos aquece nem arrefece, o presente resume-se, por exemplo, a uma caixa de chocolates. Que original!...
Que engraçado é ver, naquelas trocas de presentes entre colegas de trabalho, o ar de um misto de surpresa e desilusão:"Olha, chocolates!..." E depois, o problema que se põe: "E agora, divido ou guardo e agradeço? Se calhar vou distribuir alguns... Pronto, ok, tem de ser..." E o presente não foi bem para nós...
Se a pessoa quem vamos oferecer é um amigo ou um familiar querido, procuramos ir ao encontro daquilo que nos parece que ele ou ela mais precisam: a escolha recai em livros ( é uma prenda que sempre me agrada), em CDs ( se a carteira estiver mais recheada uns DVDs ou outros frutos da tecnologia), em roupa, ou em brinquedos. Não há assim tanta escolha...
Mas, no final, houve realmente uma materialização do que sentimos por essa pessoa? Terá a nossa intenção coincidido com os presentes dos três reis magos ao menino Jesus? Se calhar não. Provavelmente foi fruto de um momento de "Deixa-me lá despachar a prenda para o X".
Pode até nem ser assim. Muitos de nós reflectirão realmente naquilo que se vai oferecer.
O melhor será talvez fazer das deambulações pelas zonas comerciais momentos de altruísmo verdadeiro. Sentir a ânsia não de "despachar" as prendinhas, mas de conseguir o melhor possível para quem se gosta.
Isso fará parte do Natal.
Boas Festas e felizes momentos de altruísmo.
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